acabamos a caminho das sentinelas sagazes
esse sabre de silêncio que corta
traz uma flor colada às asas
sempre me parece que o sol sofre
sem os olhos sonoros de sítios
subir sempre até ao cimo e ver nuvens
salvamos os temperos de cal salgada
sacrificar seriamente um sentir de sonho
vamos largando âncoras sem nomes
cego o que sei e soube sempre que é assim
dobra a dobra dos nós cegos
susto de sonho do desassossego súbito
assobia ao redor de ti, sol
sair subir assentir surge do centro
acordaste soturna, amor?
o sonho sai daqui, sobe e dissolve-se em silêncio
iniciamos leves as noites
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