quarta-feira, 17 de junho de 2009

4.




acabamos a caminho das sentinelas sagazes

esse sabre de silêncio que corta

traz uma flor colada às asas


sempre me parece que o sol sofre


sem os olhos sonoros de sítios

subir sempre até ao cimo e ver nuvens


salvamos os temperos de cal salgada


sacrificar seriamente um sentir de sonho

vamos largando âncoras sem nomes


cego o que sei e soube sempre que é assim

dobra a dobra dos nós cegos

susto de sonho do desassossego súbito

assobia ao redor de ti, sol


sair subir assentir surge do centro

acordaste soturna, amor?


o sonho sai daqui, sobe e dissolve-se em silêncio


iniciamos leves as noites

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